Renascimento
Cultural
A
arte renascentista primou pela riqueza de detalhes e a reprodução dos traços
humanos.
O renascimento
cultural foi fruto de uma série de mudanças que marcaram a passagem do mundo
medieval para o moderno. A obra de diferentes escritores, artistas e escritores
levantavam uma nova concepção sobre o homem e o mundo. Mesmo trazendo um novo
conjunto de valores, não podemos dizer que o renascimento foi um movimento
capaz de realizar uma ruptura radical contra os valores da Idade Média.
Mesmo afirmando que a Idade Média foi um período de trevas, os pensadores e
artistas do renascimento conservaram muito do pensamento religioso cristão. A
maioria dos renascentistas eram servos fiéis da Igreja e inseriam a temática
religiosa em suas concepções. O grande ponto defendido por esses pensadores
envolvia a emancipação do interesse e do pensamento humano em relação ao
monopólio intelectual controlado pela Igreja.
O primeiro local de ascensão do pensamento iluminista foi a Península Itálica.
Nessa região as intensas atividades comerciais geravam uma intensa economia
produtora de grandes excedentes. A burguesia, classe dirigente das atividades
comerciais, financiava diversas atividades culturais que em certo ponto
refletiam valores muito próximos àquele grupo de homens que se lançavam no
mundo em busca de seus interesses particulares.
Nesse sentido, o humanismo e o individualismo eram duas peças-chave do
pensamento renascentista. Colocando em menor grau de importância a tutela do
pensamento religioso, os renascentistas vislumbravam uma visão de mundo
profundamente marcada pelas realizações, experimentos e ambições da figura
humana. Nesse sentido, procuravam as respostas para cada um dos seus
questionamentos por meio da experiência e do interesse.
O conhecimento do mundo poderia ser formulado por dois importantes
instrumentos: a razão e o experimento. A explicação para os fenômenos de ordem
social e natural poderia ser elaborada por meio de conclusões fundadas pela
capacidade de raciocínio dada ao homem. Além disso, a noção de verdade poderia
também se basear na realização de situações práticas. Caso algum tipo de
fenômeno natural viesse a ser investigado, esse deveria passar por um
criterioso conjunto de experiências.
Nesse sentido, a valorização das ações humanas trouxe mudanças significativas
nas universidades do período. A história, a poesia e a filosofia foram
incorporadas nas cátedras das universidades. O apreço pelas obras dos
pensadores greco-romanos trouxe uma grande valorização do estudo do latim. No
entanto, muitos desses pensadores também procuravam popularizar o conjunto de
suas idéias escrevendo em línguas vulgares.
Entre os principais representantes do renascimento italiano podemos destacar a
obra de Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe. Em seu texto, o autor discute e
reflete as características e ações fundamentais para que um rei controlasse o
Estado. Na Holanda, Erasmo de Roterdã criou a obra “Elogio da Loucura”, onde
fazia uma crítica sistemática aos costumes do clero. Thomas Morus, importante
ensaísta britânico, descreveu a formulação de uma nova sociedade na obra
Utopia.
Na Península Ibérica, Miguel de Cervantes e Luís de Camões representaram o
movimento renascentista nas obras Dom Quixote e Os Lusíadas. Ao longo de muitos
anos os valores do Renascimento se disseminaram por toda a Europa Ocidental. A
Itália, que teve papel pioneiro e contabilizou a maioria dos representantes
renascentistas, teve seu movimento dividido em Trecento, Quattrocento,
Cinquecento.
No Trecentto, equivalente ao século XIV, o renascimento italiano contou com a
literatura de Giovanni Boccaccio, Francesco Petrarca e Dante Alighieri. Nas
artes plásticas, a obra de Giotto obteve grande sucesso com a reprodução de
relatos da vida de Jesus Cristo e São Francisco de Assis.
O século seguinte, período do quatrocento, viveu um período de grande
efervescência cultual graças ao patrocínio da família Médici, reconhecida por
suas atividades comerciais e financeiras. Entre outros artistas podemos
destacar o escultor Donatello, o arquiteto Filippo Brunelleschi e os pintores
Masacio, Fra Angélico, Sandro Boticelli, Paolo Uccello e Andréa Mantegna.
No último período do renascimento italiano, o Cinquecento, teve grande destaque
a Basílica de São Pedro construída pelo arquiteto Donato Bramante. No campo da
pintura, Michelangelo Buonarrotti e Rafael Sanzio tiveram grande expressão.
Aqui damos singular destaque ao legado de Leonardo Da Vinci, que atuou nas mais
variadas áreas do conhecimento, indo da pintura à engenharia.
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Mais um texto sobre o
Renascimento cultural.
Naty